02/11/2007

Palavras de pórtico

Navegadores antigos tinham uma frase gloriosa: Navegar é preciso; viver não é preciso.
Quero para mim o espírito [d]esta frase, transformada a forma para a casa com o que sou: Viver não é necessário; o que é necessário é criar.
Não conto gozar a minha vida; nem em gozá-la penso. Só quero torná-la grande ainda que para isso tenha de a perder como minha.
Cada vez mais assim penso. Cada vez mais ponho na essência anímica do meu sangue o propósito impessoal de engrandecer a prática e contribuir para evolução da humanidade.
É a forma que em mim tornou o misticismo da nossa Raça.


Esta nota solta, e não assinada,
foi publicada pela primeira vez,
na primeira edição deste volume
(Rio de Janeiro, GB, 23.03.1960)

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