05/07/2007



Lembrai o 05 de Novembro



"Lembrai, lembrai do cinco de novembro
A pólvora, a traição, o ardil
Por isso não vejo como esquecer
Uma conspiração tão vil."


Foi criada uma rima tradicional, em alusão à "Conspiração da Pólvora".
Na história em quadrinhos de V de Vingança, bem como no filme homônimo, há referência a essas rimas e à conspiração. Há mais versos que se seguem a estes, dos quais alguns não mais se costuma usar por serem ofensivos.







Cospiração da Pólvora



A Conspiração da Pólvora foi uma tentativa mal-sucedida de um grupo de católicos provinciais ingleses de assassinato do rei Jaime I de Inglaterra, de sua família, e da maior parte da aristocracia protestante em um único ataque, às Casas do Parlamento, durante a cerimônia de abertura. O objetivo deles era explodir o Parlamento inglês durante uma sessão na qual estaria presente o rei e todos os parlamentares utilizando trinta e seis barris de pólvora estocados sob o prédio do parlamento.
Esta conspiração foi uma de uma série de tentativas mal-sucedeidas de assassinato contra Jaime I, seguida à Conspiração principal e à Conpiração do adeus, de 1603. Muito crêem que a Conspiração da pólvora foi parte da Contra-Reforma.


Os conspiradores estavam irritados com o rei Jaime, que não concedia direitos iguais a católicos e protestantes. A conspiração começaria quando a filha de nove anos de Jaime I (Princesa Elizabeth) seria declarada chefe de estado católica, e foi planejada em maio de 1604, por Robert Catesby. Os outros conspiradores eram Thomas Winter (também grafado Wintour), Robert Winter, Christopher Wright, Thomas Percy (também grafado Percye), John Wright, Ambrose Rokewood, Robert Keyes, Sir Everard Digby, Francis Tresham, e o criado de Catesby, Thomas Bates.


Ainda sobre a conspiração

Em março de 1605, a terra abaixo da casa dos lordes foi preenchida com 36 barris de pólvora, contendo 1800 libras de material explosivo. Guy Fawkes como especialista em explosivos seria responsável pela detonação da pólvora. Porém, como os conspiradores notaram que o ato poderia levar a morte de diversos inocentes e defensores da causa católica, enviaram avisos para que alguns deles mantivessem distância do parlamento no dia do ataque. Para infelicidade dos conspiradores um dos avisos chegou aos ouvidos do rei, o qual ordenou uma revista no prédio do parlamento. Assim acabaram encontrando Guy Fawkes guardando a pólvora. Ele foi preso e torturado, revelando o nome dos outros conspiradores. No final foi condenado a morrer na forca, por traição e tentativa de assassinato. Os outros participantes revelados por Guy Fawkes acabaram também sendo executados.
Todo ano, no dia 5 de novembro, pessoas no Reino Unido, Nova Zelândia, África do Sul, Terra Nova e Labrador e São Cristóvão celebram a falha da conspiração, na chamada Noite de Guy Fawkes (o significado político do festival é de pouca importância atualmente).

A inspiração de V



O personagem V tem como intuito iniciar a revolução explodindo o parlamento inglês num futuro dia 5 de Novembro.

Este personagem esconde seu rosto atrás de uma máscara de Guy Fawkes, que inspirou o contexto político da história de V de Vingança. Tal como Fawkes, codinome V espera criar o caos, derrubando o governo. Guy Fawkes, uma espécie de antigo anarquista foi a inspiração perfeita para V.

Todos os anos, na Inglaterra, em 5 de novembro, há comemorações com fogos de artifício celebrando o golpe que não deu certo contra o rei e o governo. Máscaras de Fawkes são vendidas pelo país, queimando-se retratos do conspirador.


"Abrtura 1982"


Ao som de “Abertura 1812" de Tchaikovsky, bombas explodem e é iniciado o ataque de V ao governo Sutler (John Hurt).

A Abertura 1812 é uma obra orquestral de Pyotr Ilyich Tchaikovsky comemorando o fracasso da invasão francesa à Rússia em 1812 e a subsequentemente devastação da Grande Armada de Napoleão.

A composição se baseia num antagonismo entre a inicial vitória francesa e a posterior revanche russa.


...de vilanias tão cumulado pela natureza a fortuna sorria-lhe a diabólica empreitada como rameira de soldado, tudo debalde pois Macbeth (merece o nome) zombando da fortunia e com a brandida espada dumegante da sangrenta carnificina, abre passagem como o favorito do valor e enfrenta o miserável(...)

02/07/2007

"Já perdoei erros quase imperdoáveis, tentei substituir pessoas insubstituíveis e esquecer pessoas inesquecíveis. Já fiz coisas por impulso, já me decepcionei com pessoas quando nunca pensei me decepcionar, mas também decepcionei alguém. Já abracei pra proteger, já dei risada quando não podia, fiz amigos eternos, amei e fui amado, mas também já fui rejeitado, fui amado e não amei. Já gritei e pulei de tanta felicidade, já vivi de amor e fiz juras eternas, "quebrei a cara" muitas vezes! Já chorei ouvindo música e vendo fotos, já liguei só pra escutar uma voz, me apaixonei por um sorriso, já pensei que fosse morrer de saudades e tive medo de perder alguém especial (e perdi), mas vivi, e ainda vivo! Não passo pela vida... E você também não deveria passar, viva! Bom mesmo é ir à luta com determinação, abraçar a vida é viver com paixão, perder a classe é vencer com ousadia, porque o mundo pertence a quem se atreve e a vida é MUITO para ser insignificante."

Charlie Chaplin

um pouco de humor?

-----------------------------------------------------------------------------------------

Irmãos

_ De vez em quando eu penso neles...
_ Quem?
_ Nos espermatozóides...
_ De vez em quando você pensa em seus espermatozóides?
_ No meus, não. Nos do meu pai.
_ Você está bêbado.
_ Na noite em que fui concebido...suponho que tenha sido uma noite... eu era um entre milhões de espermatozóides. Mas só eu cheguei ao óvulo da mamãe. Ou seria bilhões?
_ Acho que é óvulo mesmo.
_ Não... Os espermatozóides. São milhões ou bilhões?
_ Ahn.. .Não sei.
_ Não importa. Milhões, bilhões. Só eu me criei, entende? Por acaso. Isso é mais assombroso. A gratuidade da coisa. Havia milhões, bilhões de espermatozóides junto comigo e só eu, entende?, só eu fecundei o óvulo. Não é assombroso?
_ É.
_ Você acha mesmo?
_ Acho.
_ Podia ser qualquer um, mas fui eu. Por acaso.
_ Amendoim?
_ Hein? Obrigado. Agora, me diga. Por que eu? A gratuidade da coisa. Só eu fecundei o óvulo, virei feto, nasci, me criei e estou aqui, neste bar, de gravata, bebendo. Agora me diga, o que é isso?
_ É como você diz. A gratuidade da coisa.
_ Não, não. Isso que estou bebendo.
_ É, ahn, uísque.
_ Uísque. Pois então. Aí está.
_ Ô Cléo, vê outro aqui. O rapaz está precisando.
_ Um brinde!
_ Um brinde.
_ A eles!
_ Quem?
_ Aos espermatozóides que não chegaram ao óvulo da mamãe. Aos companheiros. Aos bravos que cumpriram sua missão e não vieram para comemorar. Aos que perderam a viagem. Aos meus irmãos!
_ Aos meus irmãos!
_ MEUS irmãos. Você não estava lá.
_ Aos seus irmãos!
_ Aos milhões, bilhões que se sacrificaram para que eu pudesse viver.
_ Salve.
_ Agora me diga uma coisa.
_ Duas. Digo duas.
_ Cada espermatozóide é uma pessoa diferente, certo? Quer dizer. Em outras palavras. Se outro espermatozóide tivesse completado a viagem, não seria eu aqui. Ou seria?
_ Depende.
_ Não seria. Seria outra pessoa. Outro nariz, outras idéias. Talvez até torcesse pelo América. Uma mulher! Podia ser uma mulher. Certo?
_ Mulher? Ah, não vamos exagerar...
_ Então, imagina o seguinte. Pense bem. Amendoim.
_ Amendoim. Estou pensando nele. Amendoim.
_ Não. Me passe o amendoim e pense no seguinte. Se entre os espermatozóides que me acompanharam, e que não chegara ao óvulo, estava o cara que ia descobrir a cura do câncer? Hein? Hein?
_ Certo.
_ Mas, em vez dele, eu é que cheguei. Por acaso. Ou podia ser uma mulher. Uma soprano de fama internacional. Em vez disso, deu eu. Veja a minha responsabilidade.
_ Acho que você está sendo radical.
_ Não. Imagine se em vez do espermatozóide que se transformou no Jânio Quadros, tivesse dado outro. A história do Brasil seria completamente diferente! É ou não é?
_ Mais ou menos.
_ Pois então. Eu me sinto culpado, entende? Acho que eu devia, sei lá. Ter feito mais da minha vida. Em honra a eles. Eu estou representando milhões, bilhões de espermatozóides, cada um uma pessoa em potencial. E o que é que eu fiz da minha vida?
_ E se fosse um bandido?
_ Como?
_ Se, em vez de você, o espermatozóide que tivesse dado certo fosse um assassino, um mau-caráter. Não quero falar dos espermatozóides do seu pai, mas num grupo de milhões sempre tem uma ovelha estragada. Uma maçã negra...
_ Você acha mesmo?
_ Acho.
_ Sei lá.
_ E outra coisa. O que passou, passou. Não pense mais nisso.
_ Mas eu penso. De vez em quando eu penso. Os meus irmãos que não nasceram. Que nomes eles teriam? Ana, Aline, Luiz, Jéssica, Joseph Climber...
_ Marco Antônio...
_ Marco Antônio... Imagine, um deles podia ser o ponta-direita que o Brasil precisava em 74. Eu me sinto culpado. Você não se sente culpado?
_ Bom, eu tenho 11 irmãos.
_ Aí é diferente.
_ Por quê?
_ Não sei. Só sei que entre milhões, bilhões de espermatozóides, todos com os mesmos direitos, só eu me criei. Por acaso. Agora me diga, o que é isso?
_ É uísque.
_ Não. É a gratuidade da coisa.
_ Não sei...
_ Você está bêbado.

Luís Fernando Veríssimo
Só tenho a me orgulhar cada vez mais de ti primo..
obrigado
---------------------------------------------------------------
Sorriso Triste

O inverno mal começara. Os dias, nem sempre frios, já não eram mais curtos como deviam ser. Não. Esses dias, até alguns meses segundos, já não passavam tão rapidamente, eram tardes lentas, intermináveis, estáticas. Eram poucas horas, dizia meu relógio, mas cada segundo me pegava pensando em uma certa pessoa neste momento tão distante. Ainda não chovera apesar de tardes de céu em esconde-esconde de azul com o cinza das nuvens.

Numa tarde dessas, uma tarde de fim de Mês, foi que o coração se me mostrou apavorado. Eu nem era de pavores, nem mesmo dado a medos fossem eles de entrar ladrão na casa nunca suficientemente protegida, fossem de aparecerem nela almas ditas de outros mundos, penadas por mal viver. Nem medos de morte anunciada me perturbavam, nem pesadelos, em que eu devia esbugalhar os olhos no meio da noite após um transe de realidade bem criada, onde meu maior medo se realizaria. Sim. Vida traiçoeira, até aquela tarde eu não sabia qual era meu maior medo. E, no entanto, nessa tarde.

Apertou-se-me o peito num sufocar interior. Assim como se ardesse um líquido no peito. Sobretudo, era no peito que o aperto e aquele calor se instalava. Partia de lá de dentro como se fosse uma parte de mim que desconhecera até então, uma força tão grande que eu nem sentia mais do que pensava no porque estava eu assim, nem como poderia ir contra. Eu era impotente naquele mal estar que nem sabia se era de mim que vinha ou em mim se instalava. Foi quando senti medo. Foi quando quis que uma torrente de água morda saísse de meus olhos. Sei que pensei seja forte. Sei que no fundo eu pensava que aquilo era certo. Mas o Certo e o Errado já eram tão espelhados, que pareciam um só. Foi o que doeu, não sentir um amigo que chamo de Certeza. Era uma dor e era mais que desgosto.(Foi só muito depois que pensei: deve ser isto que é estar triste.) As lágrimas não corriam, muito embora em pensamento eu as sentisse pingar sobre o peito. E estas não me traziam alívio. Mas num dado instante foi que espontaneamente soltei um riso triste, não sei se percebeu.
Nem em nada eu pensava. Nada, sabem? Apenas, e era tanto! . A tristeza instalada de surpresa nessa tarde de um Inverno mal chegado, já era esperada há algumas semanas, mas fez que não se concretizaria, com palavras de esqueça tudo que disse. E ficou. Já lá estava.

Hoje, sempre que chegam estas tardes me lembro de uma promessa que fiz a mim mesmo, as tardes em que o sol só por cortesia ainda aquece, eu fico triste, diria que de uma tristeza recorrente. É então que penso, nestas tardes intermináveis, se posso em frente ao mar, ou em qualquer outro lugar, cumprir minha promessa e superar.
G. Covanzi

01/07/2007

O que faz você feliz?

A lua, a praia, o mar
A rua, a saia, amar...
Um doce, uma dança, um beijo,
Ou é a goiabada com queijo?

Afinal, o que faz você feliz?

Chocolate, paixão, dormir cedo, acordar tarde,
Arroz com feijão, matar a saudade...
O aumento, a casa, o carro que você sempre quis
Ou são os sonhos que te fazem feliz?

Um filme, um dia, uma semana
Um bem, um biquini, a grama...
Dormir na rede, matar a sede, ler...
Ou viver um romance? O que faz você feliz ?

Um lapis, uma letra, uma conversa boa
Um cafuné, café com leite, rir à toa,
Um pássaro, ser dono do seu nariz...
Ou será um choro que te faz feliz ?

A causa, a pausa, o sorvete,
Sentir o vento, esquecer o tempo,
O sal, o sol, um som
O ar, a pessoa ou o lugar?

Agora me diz,
O que faz você feliz?

(Anúncio publucitários do Grupo Pão de Açúcar, veiculado na Revista Veja, edição 21 de março de 2007) Vestibular FATEC 2007